Home > meio ambiente > Pela primeira vez, microplásticos são encontrados em leite materno
Cientistas revelaram a descoberta de microplásticos no leite materno, conforme estudo publicado revista Polymers em 30 de junho de 2022. A descoberta ocorreu em 75% das amostras retiradas de 34 mães saudáveis, uma semana depois de darem à luz os bebês, em Roma, na Itália.
Foram identificados compostos de polietileno (resina termoplástica parcialmente cristalina e flexível), PVC (plástico feito através de polímeros) e polipropileno (plástico cristalino e apolar), muito comum em embalagens. De acordo com reportagem publicada no site da revista Galileu, as amostras foram coletadas, armazenadas e analisadas sem o uso de plásticos.
Os especialistas não conseguiram analisar partículas com menos de 2 mícrons (0,0002 centímetro), ou seja, há chances do leite materno ter ainda mais pedaços menores.
As amostras foram coletadas sem o uso de plásticos. Posteriormente, foram armazenadas para análise, também sem a presença da matéria-prima.
— A prova da presença de microplásticos no leite materno aumenta nossa grande preocupação com a população extremamente vulnerável de bebês — alerta Valentina Notarstefano, da Universidade Politécnica de Marche, em Ancona, na Itália, ao jornal britânico The Guardian.
De acordo com a reportagem do jornal britânico, os cientistas aconselham as mulheres grávidas a evitar alimentos e bebidas embalados em plástico, cosméticos e cremes dentais contendo microplásticos.
A pesquisadora acredita ser de grande importância avaliar as possibilidades de redução e exposição destes contaminantes durante a gravidez e o processo de lactação. Porém, ela frisa que as vantagens de amamentação são muito mais pertinentes do que as desvantagens que podem ser causadas por conta da presença de microplásticos:
— Estudos como o nosso não devem reduzir a amamentação de crianças, mas sim conscientizar o público para pressionar os políticos a promoverem leis que reduzam a poluição— ressaltou.
O impacto dos microplásticos nos humanos ainda é desconhecido pelas especialistas desta área. Os resquícios da matéria já foram encontrados em sangue humano e fezes de crianças e adultos.
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